domingo, 12 de janeiro de 2014

quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Todas as horas vazias foram preenchidas etilicamente, mas, sem exageros...
De todas as tentativas restaram apenas a solidão da espera de respostas que nunca virão.
Então decidiu que precisava de si mesmo para encontrar uma saída perfeita para a salvação dos seus sentidos já tão atordoados.
Olhou para o seu lado e a solução sempre esteve ali, tão próxima e quase constante.
Um seu igual, padecendo do mesmo mal agouro que é sentir sozinho o desespero de um amor desperdiçado
pela insegurança ou auto proteção demasiada do outro lado.
Sentiu aquele fogo arder por dentro e ainda teve tempo de anunciar-se desejoso de sentir uma compatibilidade profunda e única.
Era tão igual que mesmo parecia ser o reflexo de si próprio, e sentiu-se maravilhado com aquela descoberta partilhada e retribuída por aquele que percebeu poder haver mútuo desejo de sentir a paixão incendiar-se por dentro até corromper a razão e estenderam-se as mãos que se tocaram já absolutamente íntimas e que iam pelo corpo um do outro num reconhecimento imediato de cada membro, até as entranhas.
Além do que não eram necessárias promessas nem pedidos, um já sabia do outro o suficiente para entenderem-se e aceitarem-se sem conflitos ou cobranças...
Entregaram-se quase juvenis de tão felizes e completos...
Nunca mais solidão criadora de horas ociosas e tristes.
Encontrara o balsamo para suas feridas e a completude  de sentimentos.
Amaram-se sem fronteiras e sem medos tacanhos, sem inseguranças desastrosas, e sem incertezas...


( a continuação ainda está por vir... O outro está em mim, sou Eu)