terça-feira, 31 de maio de 2011

Não esmorecer...
encontrar qualquer prazer 
mas presa ao padecer
a alma sequelada
tenta refazer percursos
retornos saudáveis
para que o corpo supere
a espera em esperança
de qualquer coisa que gere
uma nova abrangência
que renove o desejo.
A solidão estanca
a devastação ocorrida.
Ou apenas a amplia...
Não esmorecer
diante do padecer
há que haver
mais que vontade
mais que força
mais que capacidade.
Sou um joguete
em mãos sórdidas
e consciências tranqüilas,
alheias ao meu sofrimento,
ao meu tormento,
apenas dispostas
a manter sem respostas
a confusão que me tornei.
E esperam omissos
que eu não esmoreça
e mereça
todo o padecer
com sonhos a tecer.

segunda-feira, 30 de maio de 2011

InterpretAções.

Primeiro socorro.

Seria uma imagem
que aniquilasse a fúria.
Uma daquelas respostas
subjetivamente sutis.
Então é como se
o visse sorrir.
Um sorrir no silêncio
em contestável distância
que sem ultrapassar
fronteiras geográficas
transpassa o vidro
e atinge
a alma
perdida de si.
Ao corpo
quase nada
é permitido,
além
do imaginários
sentidos.
Seria  bom agora
uma imagem
assim.

domingo, 29 de maio de 2011

O corpo pede urgências 
estancar os danos.
A alma quando pode,
faz planos.
Adia planos.
sabota  planos.
são os danos
em cadeias 
de efeitos,
e o corpo padece
silencioso 
perceptível.
Há aquele
tênue traço
que delimita
a razão
e a emoção.
O corpo fala
a alma fala
e eu, onde estou?
Ali... naquela frágil
e vulnerável linha
tentando atenuar
os danos
enquanto
traço
instáveis
planos.

Pequeno Circo dos Horrores II

Pequeno Circo dos Horrores

O monstro
está imobilizado
atado
às consequências 
com grilhões
feitos de acasos.
Não.
O monstro
foi imoblizado
por mãos ocultas
e omissas
num emaranhado
de consequências
sem legítimos acasos.


Agora o monstro
imobilizado
é uma atração bizarra
que um nada vale.

sábado, 28 de maio de 2011

Vítima e ré.

Seria mais uma volta
um retrocesso
sem progresso
a alma segue abatida
o corpo viciado
doente e estagnado.
Há da haver um caminho,
procuro.
Sem forças para reação
de busca por outro retorno
ao mundo aceitável
coerente e condizante
com a condição humana,
imposta pela sociedade.
Um mundo de saciedades
que nem sempre
pertence ao seu próprio mundo...
O mundo virtual
me roubou de mim,
me jogou num fosso
num poço escuro
de onde eu não vejo
a saída saudável
para retomar
a vida
que era só minha.
Ninguém lamenta
ninguém sequer tenta
concertar o estrago
fazer reparos
e me abrir novos caminhos.
Estou só como nunca estive
e no entanto
sinto-me
o tempo todo
vigiada,
perseguida,
e vitimada
ao bel-prazer
de quem quer
me ver cair
cada vez
mais fundo
para longe de mim.

quinta-feira, 26 de maio de 2011

                         Desatento,
                          e lento,
                                    lento,
                             vem 
                                  Sendo e Tendo.
                         Escrevendo, e lendo, e lendo
                        em 
                             meio
                                  as urgências
                                       desfruta 
                                            do
                                           caos.
                                      O tempo atento
                                      devora o momento
                                                         e eu por dentro
                                                                 remoendo a
                                            esmo
                                                         a presença intensa
                                                               do Ser
                                                               imenso
                                                               pairando
                                                                   sus           penso
                                                           quase ele todo imenso
                                               imerso no 
                                                 universo
                                                       do meu sonho
                                                            nesta             existência...
                                                          Aqui fico e penso
                                                        se o seu insuficiente
                                                                   tempo
                                                       deixa-o assim tão lento
                                                                            e de mim
                                                    desatento,
                                                                e lento,          lento,
                                                                          sempre
                                                                            Sendo
                                                                                       para
                                                                                    continuar
                                                                             Tendo...
                        Tempo...?

quarta-feira, 25 de maio de 2011

E porque outros caminhos...

... seguem um curso desconhecido,
bifurcando coincidências e fatalidades...
e eu apenas sigo,
e pouco da minha mão
há no traçado do mapa invisível.
Então penso que tudo é possível,
melhorar ou piorar
tudo é imprevisível
por mais que se tente
querer traçar caminhos próprios...
é uma vasta imensidão de possibilidades,
acasos, sorte, azar, tempo, espaço...
Hoje mesmo já choveu
e o sol trouxe um arco-íris,
eu já me deliciei em artifícios
e pensei em disvençilhar os vícios,
e cantar, e sorrir,
mas ainda temos todas as horas
em que esse agora talvez
não possa mais existir, momentaneamente,
e isso não importará porque ele já existiu.
E talvez outro caminho inesperadamente
abra-se ou esteja sendo aberto,
para que eu o trilhe em tempo qualquer...
Um bom caminho?
Um mau caminho?
Quem poderá saber?
e ainda há a questão
do ponto na visão de cada um.  
Mas hoje eu até consegui
dar minhas imagens em presente
para o Presente papai...
E isso me deixou ainda mais
disposta a não querer saber
que caminhos se abrirão
doravante.
perco sempre as coisas,
as interpretações,
as imagens, as visões...
antes não havia a Nuvem,
bem antes de tudo isso
perdi preciosidades
e lamentei pouco,
e nunca fui procurar...
penso que uma vez existentes
as coisas têm que circular
explorando o desapego
das matérias e dos materiais.
Por isso sou só eu
e o que vivi e ainda vivo,
registro algo do que sinto,
mostro um tanto do que Sou
e o que de apenas meu Tenho,
sem fazer tanta força
para manter tudo
arraigado ao meu egoísmo.
Por isso lamento pouco
o pouco do que venho perdendo
ao longo dos caminhos.

Japão

Estar...

Ser...




terça-feira, 24 de maio de 2011

Dear father

You see now what exactly is being, and you can have?
Well, I always noticed, and on broken and no acceptance of differences,
and my all, I have been surviving all ... Do you believe?
And I always had this habit of mine just be me without worrying much
have to have to see ourselves as normal, possible and plausible ..

Well Dad, technical problems and emergencies over, you can not
say all I have to say ... But this follows my way of thinking about myself without being hurt so clearly in people, the majority simply not even aware of my being in these new languages, my daddy, dear ... is a gift of my whole being and have nothing so do not want to be ... You are able to understand me, dear daddy G?

domingo, 22 de maio de 2011

Domingo sem prumo.

Hoje faz sol, insuficiente para clarear meus pensamentos e aquecer a alma,
mas ainda assim é sol, o que dá um que de iluminação e disposição para o dia.
Pouca alegria permeia meu dia dominical...
Durante a ausência noturna da minha alma passei por momentos frívolos,
nada de misteriosas mensagens ou imagens desconexas, não, apenas imagens
em lugares onde nunca irei estar... um auditório... uma gravação de programa televisivo
e eu como que familiarmente à vontade fazendo pedidos... até engraçado, eu ali, naquele lugar...
Antes andei por outros caminhos escusos, mas estes cheios de segredos guardados pelo self
e eu sequer lembro, muito menos poderei desvendar ou narrar...
Voltei ao meu corpo cansado e sem vontade de estar pronto para despertar, mas já
sem o antídoto do sono para ficar mais um pouco vulnerável e ausente do mundo...
Sinto uma imensa vontade de sair de mim, mas não tenho paliativos, ou artifícios, e
nenhum lugar para ir. Resta apenas esperar que passe mais esse dia e eu possa deitar o corpo,
fechar os olhos e ao dormir, enfim, poder partir... por aí... por mundos desconhecidos.

domingo, 15 de maio de 2011

Bom, vou dormir...

...ou vou ficar aqui
um pouco mais
sem paz
a sondar
a verdadeira cor
do protegido olhar
eu perdida
procurando abrigo
em frase qualquer
que chegue a ser
em fibra ótica e vidro.
Busco o olhar
antes de partir
o encontro vazado
numa distância
que reside na ânsia
que nehuma ciência
saberá definir
e depois de encontrar
mesmo vazado
aquele olhar
então se confirmará:
Bem vou dormir.

Efeito estufa

Aquecimento universal
esquecimento letal
lento se revoga o tempo
e o vento destrói
e o mar avança
e o gelo escorre
o tempo corre
em aquecimento
belicoso e lento
espalhando o caos
a terra acomodando
a dor, a restauração
e tudo gira
em torno do esquecimento
e o aquecimento
é lento e letal.

Prisão

Além
do luto
da negação
a questão
o por quê
a psiquê
perdida
a vida
a razão
litigiosa
expressão
vigiada
a liberdade
sondada
a visão
e além
do tudo
sem luta
em luto.

E na prisão
o perdão
sequer é libertação.

E para além do perdido...

está a perda do sentido das coisas,
da vida em si, que em mim pulsa descompensada
em sofredoras pausas diante do horizonte
que desponta todos os dias com sua linha imaginária
marcando o tempo, ôco, vazio, inalcançável... abismal...
O medo não é do que há de sofrer a carne,
mas até onde irá doer a alma.
Medo da solidão amargada diante da televisão,
e sem visão, sem esperança,
sobrevivendo à duras penas,
dia após dia, até o dia da fatalidade final.
E para além do tudo perdido
além do sentido,
dói não esquecer,
dói não me perdoar,
dói não conseguir me levantar,
dói não ter para quem falar,
dói não querer mais chorar,
dói tudo numa espiral
que me puxa para cada vez mais fundo do abismo
sem horizonte em que mergulho.

Paliativo

Mais um trago
e eu apago
entrando no nada
de onde nasce o caos.
A alma é libertada
e alcança mensagens indecifráveis
em imagens distorçidas
ou apenas inexplicáveis
e ali a alma vive
a parte de si
que vive trancafiada
que assim livre
codifica respostas
e quando volta
deixa a mensagem solta
em imagens aleatórias
sem sentidos esclarecidos
sem tajetórias,
e de volta ao fardo.
Com mais um trago
eu por certo, apago.

Ainda a alma em julgo

...Lá vai aquela alma
arrastando seu sofrimento
atado ao merecimento
de estar claudicante,
pedinte, errante...
Pobre alma que não desencarna
segue lenta
ao ritmo acelerado
do tempo que desalenta...
Lá vai aquela alma desencantada...

Julgamentos

_ Ah, lá vai aquela alma...
comentam, para si mesmos
ou para qualquer outro igual.
E assim a alma em julgo
é condenada ou absolvida.
São todos assim, os iguais
tão iguais quanto a tal alma.
A humanidade é velha
e apesar da constante renovação
trazem crostas barrentas
das suas origens e dos seus fins.
Existem os bons, os maus,
os nocivos e os tolos,
estes talvez os mais diferentes de todos os iguais,
por não usufruirem da liberdade do julgo
da mesma maneira que todos os iguais normais
vivem como crianças que ainda não perderam a inocência,
e apenas para estes alma alguma é julgada.

É um nunca Ser...

... e continuar é um peso dificultando a caminhada,
e agora até a fatalidade não faz mais sentido.
Não posso calar o que ressoa em meu pensamento,
nada do que vivi recentemente passou,
está tudo vívido e borbulhando em dor por todo o meu Ser
que não quer mais ser esse corpo desvalido de forças, vontades,
desejos, ilusões e sonhos.

sábado, 14 de maio de 2011

Com a alma doente...

Foi-me tomada a vida feliz.
Agora caminho sem rumo e sem fé.
A esperança é turva e se confunde no vácuo da alma.
Tudo dói em ritmo crescente e eu sequer sei como sanar.
O passado recente massacra o fatídico presente bloqueando a visão
de algo de bom mais adiante.
Parece que perdi todas as chances de seguir adiante.
Tudo me comprime contra uma parede nua, negra e fria.
Meu corpo absorve a tristeza e somatiza o desespero.
Sem apelo a vida passa escorrendo por entre as horas
e cada dia é apenas menos um dia de um retorno possível à
superfície onde parece pairar a felicidade comum dos mortais.
Cometi erros, sei, mas fui levada a ser leviana comigo mesma.
Minha alma sangra e se afoga sozinha e perdida num mar de desilusão.
E apesar de haver outras almas benígnas me dizendo para seguir em frente,
a minha alma está estagnada na dor de ter perdido tudo mais uma vez.