Seria um domingo diferente,se fosse possível,
fazer diferente.
Não seria, não mais.
Porém, já seguira maquinalmente
as normais necessidades de um corpo e uma alma,
digamos, sãs?
A cada dia tudo parecia estranhamente
como um roteiro a ser seguido.
Posições já pré-estabelecidas,figurino adequado,
texto decorado,
e todas as emoções
absolutamente
convincentes!
Até que o Diretor
-Que é onipotente, onipresente e onociente-
Enfim, satisfeito,
diga,
"Corta!"
Abria a porta e esperava respostas.
Não as tinha, então as criava,
À sua razão e semelhança.
Mas era domingo
e o sol latejava
em amarelo fogo.
E era possível sentir-se queimando,
o corpo dizendo, "Existirmos!"
E a mente comandando,
"Existiremos!"
E eram convientes
em seus devidos papéis.
Mas era preciso, nalgum momento,
sair de cena e Ser a si mesmo.
Era perigoso.
Mas por vezes valia à pena.
Todos ousam, vez por quando.
Sempre encobertos por seu direito à privacidade
do seu livre arbítrio.
Mas e quando se é invadido
no seu direito,
e seu mundo é desfeito,
e esse ser é condenado,
a passar a interpretar,
o tempo todo, por não
ter seguido o roteiro?
Era mais um domingo, mas ouvia o Beet.
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