Sentir é poder provar que vive.
E a dor passa a ser passaporte
para a certeza da sobrevivência
mesmo com olhos semicerrados.
Percebendo tudo em volta
segue perdendo a rota...
Não.
Apenas conviver entre os demais mortais
com uma débil lembrança de que um dia
a dor abria as portas, a pulso,
nos impulsos de se fazer viver
através de brechas.
Hoje a solidão acomoda a dor
de tal modo que quase a amortece.
Mas o corpo obriga a Alma a continuar
ultrapassando muros, visível, risível
declarando-se viva, através da dor.
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