E quando o sentido das coisas se perderam
ela percebeu que o seu sentimento era uma patologia sem cura
nem esperas.
Sozinha em seu mundo invadido viu tudo perdido e lembrou de uma canção.
Escuro absoluto do outro lado apesar de todas as portas e janelas, abertas e fechadas.
Para ela era uma questão da hora ignorada quando se apagaria aquela vela.
Ela.
Chama sem luz em braseiro de sombras.
Assombra a si mesma a alma em fracas chamas.
Já não espera por quem chama, não há nada do outro lado.
Mesmo sabendo que ainda existe vida, nada mais espera.
Desespera-se sem segredos e o medo aumenta a tortura.
Mas não há nada a fazer a não ser crer no inesperado fim,
só por isso ela ainda a tudo atura.
E resta a ela apenas esperar, esperar, até que tudo enfim chegue ao nada
e nada mais reste de tudo isso aqui.
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