sábado, 7 de dezembro de 2013

Havia pouco espaço, mas os dois corpos cabiam-se em comunicação e gestos de pequenas urgências e sorrisos diante dos pequenos obstáculos que faziam com que seus espaços trocassem os corpos de lugar.
De um lado, a pressa sem muita aceleração ia retocando os traços diante da própria imagem, e do outro, uma ânsia sem muita ênfase em querer higienizar-se sem que para isso fosse preciso sacrificar o momento de estar ali, quase em atropelos, tocar de leve na pele, roçando nos pelos, e perceber o apelo dos sorrisos em trocas de cordialidades, simples, simultâneas e solidárias.

E mais uma vez, outra troca toca os pontos das distâncias mínimas dos instrumentos e objetos necessários a ambos objetivos, flertes sem flash, apenas a luz amarelada e quente do espaço restrito e quase sufocante que de repente era ocupado por muitas outras urgências.

Houve a possibilidade quase furtiva do agradecimento em fresca higiene, mas não houve despedidas, a porta foi aberta, a história ficou lá dentro, enquanto a imagem continuava refletindo os retoques dos traços, um pouco urgentes, mas sem pressa,

E o outro lado, já do lado de fora da história seguiu em trajetória sem focos urgentes.

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