Havia pouco espaço, mas os dois corpos cabiam-se em comunicação e gestos
de pequenas urgências e sorrisos diante dos pequenos obstáculos que
faziam com que seus espaços trocassem os corpos de lugar.
De um lado, a pressa sem muita aceleração ia retocando os traços diante
da própria imagem, e do outro, uma ânsia sem muita ênfase em querer
higienizar-se sem que para isso fosse preciso sacrificar o momento de
estar ali, quase em atropelos, tocar de leve na pele, roçando nos pelos,
e perceber o apelo dos sorrisos em trocas de cordialidades, simples,
simultâneas e solidárias.
E mais uma vez, outra troca toca os pontos das distâncias mínimas dos
instrumentos e objetos necessários a ambos objetivos, flertes sem flash,
apenas a luz amarelada e quente do espaço restrito e quase sufocante
que de repente era ocupado por muitas outras urgências.
Houve a possibilidade quase furtiva do agradecimento em fresca higiene,
mas não houve despedidas, a porta foi aberta, a história ficou lá
dentro, enquanto a imagem continuava refletindo os retoques dos traços,
um pouco urgentes, mas sem pressa,
E o outro lado, já do lado de fora da história seguiu em trajetória sem focos urgentes.
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