sábado, 28 de maio de 2011

Vítima e ré.

Seria mais uma volta
um retrocesso
sem progresso
a alma segue abatida
o corpo viciado
doente e estagnado.
Há da haver um caminho,
procuro.
Sem forças para reação
de busca por outro retorno
ao mundo aceitável
coerente e condizante
com a condição humana,
imposta pela sociedade.
Um mundo de saciedades
que nem sempre
pertence ao seu próprio mundo...
O mundo virtual
me roubou de mim,
me jogou num fosso
num poço escuro
de onde eu não vejo
a saída saudável
para retomar
a vida
que era só minha.
Ninguém lamenta
ninguém sequer tenta
concertar o estrago
fazer reparos
e me abrir novos caminhos.
Estou só como nunca estive
e no entanto
sinto-me
o tempo todo
vigiada,
perseguida,
e vitimada
ao bel-prazer
de quem quer
me ver cair
cada vez
mais fundo
para longe de mim.

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