Foi-me tomada a vida feliz.
Agora caminho sem rumo e sem fé.
A esperança é turva e se confunde no vácuo da alma.
Tudo dói em ritmo crescente e eu sequer sei como sanar.
O passado recente massacra o fatídico presente bloqueando a visão
de algo de bom mais adiante.
Parece que perdi todas as chances de seguir adiante.
Tudo me comprime contra uma parede nua, negra e fria.
Meu corpo absorve a tristeza e somatiza o desespero.
Sem apelo a vida passa escorrendo por entre as horas
e cada dia é apenas menos um dia de um retorno possível à
superfície onde parece pairar a felicidade comum dos mortais.
Cometi erros, sei, mas fui levada a ser leviana comigo mesma.
Minha alma sangra e se afoga sozinha e perdida num mar de desilusão.
E apesar de haver outras almas benígnas me dizendo para seguir em frente,
a minha alma está estagnada na dor de ter perdido tudo mais uma vez.
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