domingo, 6 de novembro de 2011

...não era disso que queria falar num dia de azul escaldante.
Não, mesmo.depois de ter atravessado um trajeto caótico
desde as primeiras horas da manhã até o momento em que
abriu a janela e viu que ali também havia um azul-esplendido
convidando à paz, então neutralizou a vulgaridade de outros
sons abrindo uma porta que trazia vozes e vozes, escolheu uma,
em língua estrangeira, para não misturar palavras e sentimentos
em demasiada interferência.
Parecia um belo dia para agradecer pequenos e sutis gestos,
mas em meio às palavras e sentidos, e mais o bom dia azulado
após uma queixa infantil, fez com que mudasse o destino exato
da saudação em fonte iluminada.
Ainda assim, sabia que a mensagem chegaria ao campo visual
daquele Ser  inalcançável, mas percebido em distâncias abstratas...
O dia estava no seu normal e de um azul-quase-verão a dourar a pele
e abrasar os olhos, e estava convidativo para se dizer "bom dia" ao
mesmo tempo em que se agradece por outros tons de atenções.



Nenhum comentário:

Postar um comentário