Com o retorno de Saturno, as apresentações eram disputadas por metro quadrado, e havia muita luminosidade focando a sua presença. Por onde andasse ou seguisse, era sugerido, compartilhado, divulgado...
Talvez esteja sendo uma aposta na suposição pensar que isso o cansava, deveras. De vera?
Deveria. Mas não, isso não o cansa. Isso o instiga a seguir, apresentando-se, mostrando-se, expondo-se, e compondo, “songs”, para “jingles”, “games”, “dancyng”, para que seja sempre mais, “compartilhado”, Ter bilhões de seguidores por todo o planeta em todas as línguas.
Mas isso é tudo Um entre parênteses em sua vida. Ele é bem mais que isso, e essa é a parte guardada para alguns raros outros Uns, que não devem passar da casa das centenas.
Instalado em seu posto de comando, criava suas “songs” para uma horda de seguidores e compartilhadores que pareciam louvá-lo hiponitizadamente maravilhados, extasiados... E, captando-o, eternizando-o, compartilhando-o com quem por ventura não estivesse ali, criando-se assim motivos para a inveja.
Plácido e confiantemente cumpria o que para si era quase uma missão. Divulgar-se, Star.
(No resto do espaço era escuridão... Um único canhão de luz sobre o Um, refletindo ao fundo mais Dois. Porém ele era o Um, para os Dois, e para os outros Tantos que ali Estavam. Em meio aquela celebrada veneração, ela não viu sentido em Estar ali. Fixou o olhar no palco, tentou absorver o que surtia de efeito sonoro de toda aquela parafernália de máquinas e gente. Nada. Deu as costas e saiu sem mais olhar para trás, pois que não havia necessidade, já vira o bastante para saber que o seu Ser, não era para Estar ali.)
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